quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Você é um macaquinho ou não?

Certa vez, quando ainda cursava psicologia, um professor contou a seguinte estória:
Um grupo de cientistas propôs-se a fazer um experimento com macacos. Pegaram cinco macaquinhos jovens e prenderam numa jaula do tamanho de um quarto. As grades e o chão eram de metal. No centro da jaula havia uma escada, tambem de metal, que permitia aos macaquinhos quase enconstarem nas grades do teto.

Os macaquinhos eram diariamente alimentados com frutas que eram colocadas no chão da jaula, mas depois de alguns dias os alimentos começaram a ser racionados de forma que os macaquinhos ficassem famintos. Quando a fome apertava os cientistas desciam uma banana por uma corda sobre a escada e aquele macaquinho que a visse primeiro subia a escada correndo e comia a banana.

Quando a rotina de pegar a banana estava bem assimilada os cientistas começaram a eletrificar e todos levavam um choque forte quando algum deles subia a escada para pegar a banana. Não havia para onde fugir porque a jaula era toda de metal.

Com o tempo eles associaram que subir a escada significava levar choque e começaram a punir aquele macaquinho que tentasse pegar a banana. Quem subia a escada era alvo de linxamento. A pancadaria rolava solta.

Depois de algum tempo o comportamento do grupo "evoluiu" e a simples aproximação da escada era motivo para ser espancado. Em alguns dias nenhum dos macacos se aproximava da escada.
Os cientistas decidiram então trocar um dos macaquinhos. Foi colocado um novato que sem saber de nada se aproximou da escada. Nesse momento os antigos do grupo investiram contra ele com mordidas e socos. O novato, coitado, não entendeu nada.

Os cientistas trocaram mais um dos macaquinhos e o mesmo aconteceu. O interessante é que o primeiro novato também investiu contra o macaquinho recente.
Com o tempo, todos os macaquinhos foram substituidos de forma que nenhum deles pertencia ao grupo original e todos espancavam aquele que se aproximava da escada sem saber o motivo.
Os cientistas encerraram o experimento e libertaram os macaquinhos.

Agora, resta-nos refletir:

Como vivemos o nosso dia-a-dia?
Pensamos sobre tudo aquilo que fazemos ou somos Maria-vai-com-as-outras?
Até que ponto somos coniventes com tudo o que nos cerca?
Até que ponto vale a pena seguir o fluxo sem nada questionar? Qual o custo disso?
Que realidade é essa que mantemos?
A tempos o homem vem seguindo o mesmo padrão de vida. Será que só há esse modelo? Será que não há outra opção?

Sei que o texto está longo mas não posso deixar de dar um exemplo.

Albert Einstein, tido como um dos maiores gênios da humanidade disse certa vez: "Vivemos numa época em que é mais fácil quebrar um átomo do que um pre-conceito". Aí estava sua genialidade.
Quando ainda jovem elaborou a Teoria da Relatividade pela qual ficou famoso. Mas o que pouca gente sabe é que nessa época haviam cientistas tão bons ou até melhores do que Einstein e que o grande diferencial, ou seja, o que o destacou dos outros foi exatamente a quebra de um pré-conceito.
Enquanto todos partiam do fato de que o tempo era absoluto, considerado um paradigma inquebrável, Einstein abandonou essa idéia. Partiu do zero e provou que o tempo é função da velocidade e que o espaço e até a luz podem sofrer influência da gravidade. Idéias antes inconcebíveis. Sua genialidade foi essa. Não tomar nada como verdade absoluta. Questionar os pilares da física.

Bom, o que pensar agora? Como podemos ser gênios também?

Buda ensinava a seus discípulos a questionarem cada palavra dele porque o passo inicial para a evolução é o questionamento. Se você não questiona você não sai do lugar. Questionar cada palavra de um mestre é questionar o elemento atômico de sua doutrina. É rever as bases, os fundamentos.

É na origem que está a resposta.

E agora? Você é um macaquinho, ou não?

 
A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

Um comentário:

Vida disse...

Pois é, meu amor...

Neste mundo existem milhares de macaquinhos automatizados. As vezes, os que questionam são confundidos com loucos ou fanáticos. Mas continuo achando que vale a pena questionar, afinal Deus nos deu o livre arbítrio para isso. Não é? É preciso correr o risco, se não ficamos parados.
Beijinhos no coração!!!
Lu