segunda-feira, 30 de maio de 2011

A Mente e o Oceano

Imagem:  Imotion Imagens

A mente humana sempre foi e ainda é um grande mistério para o ser humano.
Algumas das diversas áreas da ciência bem como as inúmeras religiões e correntes filosóficas tentam defini-la e o fazem de maneira nem sempre muito parecida.
Para as ciências que tem a mente como seu objeto de estudo, as definições devem atender a certas regras e métodos que possibilitem a elaboração de constructos teóricos o mais sólidos possíveis.
Para as religiões, doutrinas e filosofias, o objetivo é tornar o conceito inteligível ao leigo no sentido de fazê-lo tirar proveito do mesmo na sua prática diária. Ou seja, o foco não está no conceito descritivo, exato ou, digamos, cîentífico, mas sim no que você pode fazer com ele. E por isso é importante que o conceito permita que você o vivencie no seu dia-a-dia.

Para isso, são usadas parábolas, metáforas, paralelos e outros recursos que aproximam as pessoas do objeto de uma maneira informal porém eficaz, permitindo a compreensão e a vivência do mesmo.

Nesse sentido, existe um conceito, um paralelo, muito interessante para a mente e que permite que nós melhoremos muito a nossa qualidade de vida. É o conceito de OCEANO. Lembremos que o mais importante é sentirmos e vivenciarmos do que propriamente nos apegarmos à definições precisas.

Considere sua mente como um oceano...enorme...vasto e sem limites. Compare seus pensamentos às ondas desse oceano. Assim como as ondas vem e vão no oceano, seus pensamentos aparecem e somem da sua consciência. Uns ficam mais tempo, outros são rápidos como flashes, um relance. Controlá-los é extremamente difícil, parecem até ter vontade própria ou que estão submetidos à forças que você mesmo desconhece. Alguns você cria, outros você se pergunta surpreso: Porque estou pensando nisso?
Tem horas de calmaria e tem horas em que esse oceano está revolto, cheio de ondas e é difícil segurá-las.

Nesse contexto é importante que você aprenda a acalmar o oceano. Ou seja, a conduzi-lo ao estado de calmaria durante o maior tempo possível. Com a mente tranquila e calma a pessoa se torna muito mais agradável às outras e recebe isso de volta. As decisões são tomadas de forma mais sensata e o corpo fica submetido a um nível de stress bem menor.
As águas do oceano tem uma inércia muito grande. Para movimentá-las a ponto de gerar grandes ondas ou um mar revolto é preciso muita energia. Da mesma forma, se você exercita sua mente deixando-a sempre tranquila, será necessário um estímulo externo muito forte para que ela chegue num nível alto de agitação.
E como acalmar o Oceano? Não é possível ao homem fazê-lo. Resta esperar que se acalme. Da mesma forma não há como acalmar a mente a não ser dando tempo para que ela se acalme. Ela deve ter seu tempo e essa é a nossa função: Não provocar novas ondas que venham a revolver o Oceano e que as ondas existentes não encontrem respaldo para se propagarem e que por fim venha à calmaria.
Ondas sempre vão existir, mas manter o estado de calmaria é o foco principal.

Para conseguir esse controle é preciso disciplina e a prática diária de exercícios. Não é necessário muito tempo por dia mas a regularidade é fundamental.
A maioria das religiões ou filosofias definem, em seus ensinamentos, exercícios desse tipo mas com nomes diferentes. Na verdade, esses nomes não importam muito. Existem nomes como "momento de oração", de "prece" ou qualquer outra coisa, o importante é você ter consciência do que está fazendo e viver aquele momento com intensidade e atenção. Eu gosto de chamá-lo de meditação, um termo que transpassa as fronteiras entre as diversas religiões, seitas e filosofias.
Mas a meditação requer um texto específico sobre o qual falarei posteriormente.
Fico aqui...

A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você.
Namastê

quinta-feira, 26 de maio de 2011


A foto acima foi tirada usando uma técnica chamada HDR - High Dynamic Range.
Mas o que é isso?
O nome não diz muito, mas as fotos em HDR falam por si mesmas. Parecem reais, tem maior profundidade e riqueza de detalhes.
As fotos normais que tiramos em jpg tem uma profundidade de cores de apenas 8 bits. A técnica de HDR permite juntar algumas fotos de 8 bits em exposições diferentes de forma a gerar imagens de 16 bits com maior riqueza de cores e detalhes. Um software específico consegue analisar as três fotos e pegar, digamos assim, o melhor de cada uma gerando uma outra (HDR).
Normalmente uso 3 fotos para montar uma HDR. Uma das fotos eu tiro com exposição normal, outra com 1 ponto a menos de exposição e a última com 1 ponto a mais. Algumas máquinas já tiram fotos automaticamente com essa configuração. Se a sua não tem esse recurso chamado bracketing, você pode configurar manualmente à cada foto.
Para uma boa HDR é necessário usar tripé e que na cena não tenha nada em movimento pois as fotos devem diferir apenas pela expoosição.
Já postei algumas HDRs no meu flickr no álbum "Com Efeito".
O link vai abaixo. Vai lá...
Fico aqui.

Clique aqui para ver minhas HDRs

A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

quarta-feira, 25 de maio de 2011



Na terceira aula do curso de fotografia do Prof. Aelson Farias fomos para a Praça Antônio Carlos tirar fotos. O tema foi "pessoas" mas não perdemos a oportunidade de fazer um estudo de cores também.
Contamos também com a presença da modelo Yasmim Santos cujo ensaio fotográfico você pode conferir aqui:



O restante das fotos desse dia você confere aqui:


Fico aqui.

A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você. Namastê

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Pressão do dia-a-dia

Quando vi a expressão corporal desse rapaz numa praça de Juiz de Fora não pude deixar de registrá-la. Fiquei na dúvida se era um simples descanço ou se ele estava com algum problema. Ficou bastante tempo parado nessa posição e nada parecia incomodá-lo. Daí tive vontade de escrever este post, mas de forma alguma fecho questão sobre a foto. Pode ter sido algo completamente diferente, mas foi o que senti e sobre o que já estava mesmo querendo escrever há algum tempo...

Fico impressionado de ver como o ser humano criou um modo de vida e não consegue fazer nada de diferente. Pode mudar o país e a cultura, mas o modo de vida é praticamente o mesmo. Não há criatividade, não há mudança e o pior de tudo, não há perspectivas. Pode até ser que exista alguma sociedade indígena ou alguma tribo isolada onde as coisas aconteçam diferente, mas na maioria dos casos funciona daquele jeitinho básico que conhecemos mesmo: O indivíduo nasce, cresce um pouco e já começa a ter que aprender um monte de coisas. Depois tem que arrumar trabalho visando sempre o "fim maior": o poder, hoje encarnado na figura do dinheiro.

E como "tempo é dinheiro", todo mundo fica correndo atrás dos dois. Só que a matemática vai contra o sucesso desse modelo porque para um ganhar muito, muitos tem que ganhar pouco. Isso é básico. É a fórmula do insucesso social. É fácil ver como não dá pra termos uma sociedade justa com o modelo vigente.
Se quisermos construir algo justo e bom para todos, ou pelo menos para a maioria, teremos que dizer NÃO para isso tudo que está aí.

Não dá pra ficar lutando contra essa enxurrada de propagandas, regimes e modismos supérfluos sem ter consciência dos processos que envolvem os meios de comunicação e manipulação de massas.

O que podemos fazer para não sermos esmagados por esse rolo compressor que vem descendo ladeira abaixo e que vem passando por cima de tudo e de todos? Como encontrar a felicidade nesta sociedade que se apresenta a nós? Como ser feliz e tranquilo no caos? É possível? Sim, é possível, e vou falar sobre isso na próxima postagem.
Hoje fico aqui

A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você.
Namastê

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que é SAMU?

A palavra SAMU é utilizada pelos Zen Budistas para determinar um tipo específico de meditação. Da mesma forma que Zazen significa meditação sentada e Kinhin meditação andando, Samu significa meditação em ação - a prática da atividade diária.
Normalmente as pessoas realizam Zazen e Kinhin sozinhas ou acompanhadas de pessoas que compartilham das mesmas crenças ou objetivos. Essas práticas são comuns nos templos e mosteiros budistas.
O Samu, no entanto, transpassa essas fronteiras e tem como espaço fértil para a sua prática todas as atividades do nosso dia-a-dia, principalmente as atividades simples e que realizamos sem dar muita importância.
Há uma tendência de se relacionar o Samu com a palavra trabalho e esta tem uma conotação altamente negativa na nossa sociedade.
Vivemos numa época em que tudo é voltado para o lucro, onde ninguém pode perder tempo e levar vantagem em tudo é quase regra. Dessa forma, tudo que se relacionar à trabalho é então encarado como algo negativo, como obrigação.
Dessas três formas, o Samu é considerado por alguns como a forma mais difícil de meditação e talvez por isso seja pouco conhecida, principalmente por aqueles que não tem conhecimento das práticas budistas.
No Samu, realizamos a prática das atividades diárias em estado meditativo e isso nos leva a um estado de paz e tranquilidade como se estivéssemos praticando o Zazen ou o Kinhin.
São muitos os benefícios dessa prática. Eu mesmo pratico o Samu ao varrer a área de casa e limpar os cachorros. Aos poucos vou expandindo a prática aproveitando uma simples viagem de ônibus ao trabalho para praticá-la.
Como disse, o Samu seria como uma terceira etapa do aprendizado que começa no Zazen e passa pelo Kinhin. Assim, é bom ter primeiro o conhecimento dessas antes de praticar o Samu.
Nas postagens seguintes vou falar sobre cada uma delas em detalhe.
Fico aqui.



A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você.
Namastê

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Porque "Mantendo o Foco"

Desde o início procurei um nome para o blog que servisse para mostrar o meu trabalho fotográfico mas que também sugerisse algo em relação aos textos que pretendo postar.
Nesse sentido a palavra "foco" foi fundamental para a aprovação do nome do blog. Ela circula tanto pela área da física óptica e fotografia, sendo um dos seus principais conceitos, quanto pelas diversas áreas que abordam as formas de viver, constituindo-se como um paradigma a ser ou não seguido.

Assim, manter o foco em fotografia significa que você deve dominar a técnica que vai lhe permitir colocar em evidência ou não os diversos motivos da sua composição. Significa dizer que você deve saber o que colocar em foco para atingir o efeito que deseja com a sua composição.

O outro sentido de foco é que você deve manter sua mente serena, tranquila e consciente durante o maior tempo que puder. Manter o foco significa concentrar-se naquilo que está fazendo para fazer bem feito e tirar o máximo de prazer e benefícios para a mente e para o corpo.

É fácil notar que em ambos os casos é necessário muito estudo e muita prática. Há diversas formas de conseguirmos nosso objetivo. Algumas delas são através de jogos como xadrez, por exemplo. Outras são através de meditação sendo o SAMU um delas e que falarei a seguir.
Fico aqui.


A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você.
Namastê

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A difícil tarefa de escolher o nome do blog

Não foi nada fácil escolher o nome do meu blog.
Como vou usar esse espaço não só para trocar idéias e reflexões mas também para divulgar meus trabalhos fotográficos, precisava de um nome que contemplasse os dois objetivos.
Tentei de tudo. Vários nomes me vinham à cabeça mas a maioria não atendia bem ou então já estavam registrados. Pedi ajuda à minha esposa e aos meus filhos. Ficamos horas tentando e nada. Terminamos o dia sem uma solução. Mas como no dia seguinte íriamos passear no campus da universidade com meu cunhado e os filhos dele, pensei em contar com alguma inspiração durante o passeio. Foi em vão. Trocamos idéias, mas nada.
No mesmo dia, à noite, estávamos reunidos mais uma vez na mesa da cozinha e o assunto voltou. Repeti mais uma vez o que queria e as idéias de novo começaram a aparecer.
Foi então que meu filho disse:
- Pai, você tem que manter o foco.
- Opa, gostei disso! - disse a ele - Que tal "Mantendo o Foco"? - perguntei?
Todos gostaram da idéia e fui verificar se já havia o registro. Estava livre e registrei de imediato para garantir...rsrsr.
Achei o nome muito adequado e falo sobre isso na próxima postagem, ok?

A divindade que há em mim reverencia a divindade que há em você.
Namastê

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Porque um Blog?

Pensei em abrir esse blog para compartilhar com os leitores algumas experiências, idéias e pensamentos que me acompanham pela vida e que dão sentido ao meu dia-a-dia. Foi também a forma que encontrei de extravasar sentimentos, emoções, revoltas, esperanças, críticas e todo os tipos de pensamentos que dão sentido a vida. Seria bom se conseguisse leitores, pois trocar idéias é a melhor forma de crescermos, e isso, eu busco constantemente.
Vou falar também sobre o nome do blog, o que significa e como foi escolhido, tarefa nada fácil, mas que consegui. Aliás, conseguimos...

Então, deixe o seu recado

sábado, 14 de maio de 2011

Primeira Postagem

Está tudo funcionando? Acho que sim...